Abordagem terapêutica visa o crescimento, a autonomia e a independência pessoal
A deficiência deve ser entendida como a perda transitória ou permanente de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, ou seja, uma restrição que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária. A redução da capacidade de interação social e afetiva e dificuldades encontradas devido a fatores externos prejudiciais tem sido a principal preocupação da família e da pessoa com deficiência. É um sujeito de direitos e deve gozar das mesmas oportunidades disponíveis na sociedade. É fundamental que se afaste o preconceito, o conceito de doença e a incapacidade para ser independente.
A psicologia tem um importante papel, muitas vezes negligenciado pelos profissionais da área, ou por falta de experiência com estes pacientes ou por preconceito. O fato é que até mesmo pacientes, com pouco ou nenhum desenvolvimento verbal, ao lhe serem dada oportunidade adequada, tornam-se perfeitamente capazes de expressar seus sentimentos, refletir sobre sua vida, desejos e ansiedades. Assim, um ótimo trabalho psicoterapêutico pode ser exercido pelo Psicólogo.
A deficiência é acima de tudo um “estado de vida”, uma condição que o indivíduo tem, com a qual precisa conviver, mas que pode e deve ser transformado com a ajuda de um profissional preparado, que o fará crescer emocionalmente, transformar sua maneira de ser no mundo e aumentar sua autoestima, buscando estratégias de crescimento, autonomia e independência pessoal.
O atendimento psicológico a esses pacientes pode ser feito dentro da escola regular (inclusão) o que muitas vezes não acontece, dentro da escola especial, que tem um importante papel ao encaminhá-los para o mercado de trabalho, incluindo-os na sociedade e promovendo atividades direcionadas, no consultório e via domiciliar. Esta última bastante indicada às pessoas que apresentam dificuldades ou impedimentos para sair de casa. Para pacientes que não podem se locomover ou até mesmo casos de depressão, transtorno do pânico, dificuldades em enfrentar o mundo lá fora, insegurança, etc. são indicados ao tratamento psicológico domiciliar.
Acredito que a verdadeira deficiência é aquela que prende o ser humano por dentro e não por fora. Não podemos controlar o mundo exterior, mas sim ter a consciência livre de preconceitos e valorizar o que cada um tem de melhor.
Dra. Fernanda Sampaio
Psicóloga – CRP 06 / 74992
Pós Graduada em Psicologia Analítica, experiência com deficientes.
Psicóloga na escola Egydio Pedresch e APAE.
Psicologia domiciliar.
Tel. (16) 9786 3628